Na hora de optar pela liberdade
antecipada, os reclusos preferem ficar na cadeia, onde têm garantido
alimentação e cuidados de saúde. A crise, que o País atravessa, não permite às
famílias receberem-nos, revela o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional,
que pela primeira vez se deparou com uma situação destas, conta o Jornal de
Notícias (JN).
O JN revela esta quarta-feira que, a
sobrelotação das cadeias e as queixas pela falta de condições pesam pouco no
momento dos reclusos optarem pela saída antecipada. O presidente do Sindicato
Independente do Corpo da Guarda Prisional, Júlio Resende, conta ao jornal que
pela primeira vez os presos preferem permanecer nas cadeias.
A razão, explica, prende-se com “os
problemas socioeconómicos em que vivem as famílias de muito reclusos (...).
Estes presos têm consciência das dificuldades das famílias e não querem
sobrecarrega-las”, acrescentou Júlio Resende, que diz ter conhecimento de pelo
menos cinco casos, nos últimos três meses.
Ao
permanecerem nas prisões, os reclusos têm, pelo menos, a garantia de que
continuarão a usufruir de alimentação e a cuidados de saúde.
No
passado mês de Junho, de acordo com números revelados pelo JN, os 51
estabelecimentos prisionais em Portugal albergavam 13.307 reclusos.
Data da notícia: 28/11/2012 Fonte da notícia e
da imagem:
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