O
gigante informático IBM acredita que dentro de cinco anos vai ser possível
"humanizar os computadores" que vão passar a ouvir, ver, cheirar,
saborear e sentir. Tudo a benefício do Homem.
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As
previsões constam do estudo da IBM '5in5', lançado anualmente desde 2006, e que
pretende ser uma previsão de quais serão, no prazo de cinco anos, os cinco
avanços tecnológicos mais marcantes e com maior impacte na vida das pessoas.
A
IBM acredita que em 2017 o mundo informático entra na era dos "sistemas
cognitivos", com máquinas capazes de imitar os cinco sentidos humanos, e a
crença resulta mais do trabalho que já está a ser feito nos laboratórios, do
que das expectativas da empresa sobre o que possam vir a ser as tendências
nesta área de investigação e desenvolvimento, como explicou à Lusa Gonçalo
Costa Andrade, diretor dos serviços de tecnologia da IBM.
"Um
computador com essas valências permite humanizar o computador, tornando a
interação mais próxima daquela que é a perceção do ser humano, e permite ao
homem perceber algumas características, ir mais fundo na análise de algumas
situações", explicou à Lusa o responsável, que sublinhou que esta nova
tecnologia será de fácil acesso, e com utilidades práticas e quotidianas, para
profissionais especializados, mas também para o cidadão comum.
Por
exemplo, a IBM perspetiva avanços com utilidade para profissionais especializados
na área da saúde, com a possibilidade de atribuir aos computadores capacidades
visuais. Gonçalo Costa Andrade explicou que, mais do que catalogar imagens como
RX ou ressonâncias magnéticas, será possível criar um sistema que detete
tendências nas imagens e que torne mais fácil a identificação de tumores.
Descodificar
choro de bebés
Mas
para o cidadão comum podem estar a caminho facilidades tecnológicas como uma
aplicação com base na audição que ajude jovens pais a detetar o significado do
choro dos bebés - através da padronização de milhares de choros e das suas
múltiplas variações de frequências - ou uma outra, com base no olfacto, que
permita, pela análise dos odores corporais e dos biomarcadores, 'avisar-nos'
que temos uma gripe em incubação ou que estamos a desenvolver diabetes.
"Acreditamos
que o tratamento sistematizado desta informação, a criação de algoritmos ao
nível do software que trata toda a informação, vai permitir criar aplicações
mais direcionadas e úteis, tanto para profissionais especializados como para o
cidadão no dia-a-dia", resumiu o responsável da IBM.
20-12-2012/Fonte:
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